“QUANDO EU ERA UM
PASSARINHO
MORAVA NUMA GAIOLA
E PENSAVA QUE ERA UM
“NINHO”
(MARIO QUINTANA)
A TOLERÂNCIA
Apontam o dedo
e batem no peito proclamando seus direitos… só os seus. São cegos para os
direitos dos outros.
Vamos parar
com isso pessoal, a vida é maior do que picuinhas de ex princesinha do litoral.
O mundo é de todos. Vamos deixar as pessoas se expressarem dentro de sua
insignificância, no final seremos todos apenas um punhado de pó esquecido num
velho cemitério.
Pessoas não
são bichos. Não podem ser marcadas como propriedades. Pessoas são conquistadas
com simpatia e sinceridade. Tratadas como gente como a gente, com respeito,
cordialidade e reconhecimento. Pessoas podem optar, podem mudar de idéias,
pensarem por si mesmas, diferenciarem o bom do ruim. Pessoas são livres para
exercerem a cidadania tão proclamada, mas que quando exercida contra interesses
particulares, causa dores estranhas nos pobres de espíritos que tentam
aprisionar em antigos hábitos já ultrapassados, corações e mentes que não lhes
pertencem.
Não vamos
esquecer que o tumulo está logo ali a nossa frente e que nele só cabe um caixão
de madeira. Que todos os nossos bens, sejam eles quais forem, ficam no mundo
material.
Que os que
partem para o outro lado, levam apenas sentimentos bons ou maus que são partes
de si mesmos. Que os sentimentos maus de inveja, ódio, arrogância, despeito,
prepotência, intolerância e outros, tornam difícil o convívio na sociedade e
penosa e amarga nossa própria velhice.
Vamos nos
conscientizar que todos têm o mesmo final. Bonito ter que ficar eternamente se
desviando de caras e bocas e rancores de pessoas mal amadas e mesquinhas,
enquanto outros lépidos e fagueiros aproveitam o premio da existência por serem
sábios, por somente viver deixando viver.
Amigos a quem
sempre respeitei, eu não tenho inimigos, tenho companheiros de uma viajem
chamada existir, e, se faço sátiras, não as faço com a intenção de denegrir, por
favor, não vistam acintosamente a carapuça. Faço-as para mostrar como tudo é
efêmero. Como tudo passa rápido e como é “babaca” nosso comportamento frente
aos nossos semelhantes, quando nos achamos por posição, poder, riqueza ou
conhecimento, melhor do que os outros. Quando eu mostro através das sátiras que
o rei esta nu, não esqueçam que o rei é cada um de nós e que a tolerância é à
base do convívio social.
GASTÃO
FERREIRA/IGUAPE/2007

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