2 de dezembro de 2020

  A NEBLINA…    Como uma branca nuvem ela desceu da montanha. Lentamente comeu as casas, as praças, as árvores e se apossou da cidade. Aos poucos dominou o ambiente… Nem os cães de rua, nem os gatos namoradores, nem os avoantes pássaros ousaram romper o nevoeiro.  As crianças espiavam pelas frestas das janelas fechadas……

2 de dezembro de 2020

  Das janelas do Palácio Real            Coisas estranhas sempre aconteceram no reino, as conversas de alcova, tidas pela santa madre como secretas e sagradas, se espalhavam, sem mais nem menos, por todos os becos, barbearias, bocas de fumo, antros de perdição, conventos, igrejas e salões de festas, e foi assim que a plebe…

2 de dezembro de 2020

  O Tamanduá e a Formiga            Naquele reino distante, para além dos confins, dois partidos políticos dividiam corações e mentes, e também o cofre municipal. Através dos tempos as duas facções tiveram diversos nomes, apelidos, codinomes; borboleta e beija-flor, jacaré e capivara, cocho e berne, Eva e Adão, daqui e de lá, de…

2 de dezembro de 2020

  As estranhas visitas            Todos lembram o que aconteceu com Armandinho Tapera; menino desbocado, cada três palavra, uma era de baixo calão. Um respondão de boca cheia, e não era por falta de uma boa surra, sua mãe Ditinha Preá não economizava na chinelada certeira. O que mudou o comportamento do moleque foi…

2 de dezembro de 2020

  A mandinga            A Princesa do Litoral sempre foi prodiga com as pessoas ligadas aos sortilégios. Aqui viveram grandes “benzedores”, aqueles que curavam qualquer doença com garrafadas, e foi por estes confins que morou a maior de todas as cartomantes do Vale do Ribeira; Nhá Chica.          No tempo em que todas as…

2 de dezembro de 2020

  O guardamento            O primeiro guardamento a gente nunca esquece, aliás ninguém esquece a primeira namorada, a primeira briga na escola, o primeiro dinheiro emprestado e que jamais foi devolvido, o primeiro tapa na cara, o primeiro beijo e outras milhares de primeiras experiências de vida; quando tia Zilú faleceu, o velório foi…

2 de dezembro de 2020

  Os Amorim Fernandes            A ilustre casa dos Amorim Fernandes estava às escuras, era a véspera do Dia de Finados. Na noite que antecedia o dia dos mortos as pessoas dormiam mais cedo, desde as cinco da tarde as crianças eram trancadas em seus aposentos, as sinhás se revezavam na reza do rosário,…

2 de dezembro de 2020

  O segredo dos Amorim Fernandes            O coronel Desidério manteve a sua palavra e jamais revelou o segredo familiar, aliás, guardou o mistério por pouco tempo, pois morreu alguns meses após encontrar os dois sobrinhos; ele partiu sem deixar herdeiros, e nhá Damiana, sua mãe, assumiu a chefia da ilustre casa dos Amorim…

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