MURO DE PEDRA



MURO DE PEDRA

No velho muro de pedra
Erguido por mão escrava
A flor que no alto medra,
Foi por lágrima regada…

O tempo passa e semeia
Colhe quem sabe colher.
Sangue que corre na veia
Rubra tinta de escrever…

Entre o tronco e a chibata
Toda uma história de dor!
Tem tanta gente que mata
Tem coronel… Tem feitor…

Sonhos que foram morrendo
Em anjos bons se tornaram.
Pelos muros se escondendo
Em musgos se transformaram.

Ah! Esses muros tão velhos
Ah! Se pudessem falar…
São os nossos evangelhos
Tem muito a nos ensinar…

Gastão Ferreira/Iguape/2009

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