CEREJA DE BOLO

CEREJA DE BOLO

Mariazinha apareceu num fim de mundo, nos cafundós de um vale perdido em um país qualquer. Colocada num berçário foi adotada por um tipo boçal que se passava por mandante entre os pobres do lugarejo. Mariazinha não sabia que era filha adotiva, mas em lugar pequeno não é fácil esconder um segredo e alguém sabia do terrível segredo que envolvia sua origem extraterrestre. Era tão fofinha que desde o berço foi apelidada de cerejinha de bolo.
Conforme crescia, nossa heroína se achava cada vez mais charmosa, ganhava todos os concursos desde o prézinho, tais como:- Miss Simpatia, Miss Simprotio, Miss Simprovô. Seu falso pai comprava todos os talões que indicariam a mais exibidinha do pedaço e ela sempre chegava a primeiro lugar no pódio. Mas essa coisa de comprar votos também era segredo e Mariazinha nem desconfiava que em sua vida de princesa alienígena, tudo era engodo.
A maioria dos habitantes do lugarejo perdido detestava nossa heroína, tida como uma chata sem galochas, mal educada, mal amada e mal afamada. Como era metida a besta e desaforada, o povinho ficava só na moita esperando à hora de dar o troco, tinham certo receio, pois seu papai podia quebrar a cara de qualquer um e Mariazinha tornou-se uma menininha mimada, ditava moda em seu pequeno mundo e desconhecia ou não se interessava pelo que ocorria a sua volta, seu ego era tudo o que possuía e ele era exigente, coisa de outro planeta.
Um belo dia chegou o tão esperado progresso ao lugarejo e muitas indústrias se instalaram na região. O mundo de Mariazinha desmoronou de uma hora para outra e ela sentiu na pele como era pobre ao querer comparar-se com as filhas dos industriais milionários. Ela não tinha nenhuma experiência em algo produtivo, pois sempre vivera a sombra do poder paterno, o emprego que consegui foi de auxiliar de confeiteira em uma padaria e como era uma perfeita inútil a única coisa que faz com perfeição é colocar a cereja nos bolos.
MORAL DA HISTÓRIA:- Quem nasceu cereja, morre cereja.

Obs.:- Algumas pessoas acreditam que tudo o que escrevo é carapuça, fiz esse texto sem pé nem cabeça, só para provar que essa coisa de carapuça não existe. Leiam novamente! Mariazinha é imaginação minha.

Gastão Ferreira

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