PROPRIO VINHO


PRÓPRIO VINHO

Eu falo só do que avisto,
Porta fechada não abre!
Se me notam… Eu sou visto,
Do escondido ninguém sabe!

É das pedras que me atiram
Que vou fazendo minha casa
Essas pedras, embora firam,
Essas pedras!… Viram asas!

E com essas asas eu vôo
Para além do meu jardim.
Me ofenda se eu te magôo,
Nunca te esqueças de mim!

Pois assim vamos passando
Nesse rio de esquecimento,
Alguns seu tempo marcando
Outros sonhando ao relento!

Vento que sopra mansinho
Por vezes vira um tufão!
Quem não tem o próprio vinho
Bebe o dos outros… É ladrão!

Gastão Ferreira/Iguape/2009

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